Sunday, November 02, 2014
Saturday, August 09, 2014
fio da calçada
a minha cidade se perdeu
virou sonho
nuvem antes da chuva
água-fumaça
fio interrompido da calçada
virou sonho
nuvem antes da chuva
água-fumaça
fio interrompido da calçada
Saturday, February 15, 2014
Wednesday, February 12, 2014
o estopim fareja o fim
É como se as nossas escolhas tivessem por
finalidade última perseguir da maneira mais eficiente possível as melhoras
rotas que levam ao rotundo desastre.
Thursday, January 30, 2014
floripoa
Pra mim, Porto Alegre e Florianópolis sempre serão cidades complementares. No crepúsculo entre as árvores de uma, e o sol brilhando através do espelho em meios às pedras de outra.
Wednesday, January 29, 2014
Sunday, January 26, 2014
o acaso na cidade
A descoberta da cidade oferecida por generoso acaso nas sombras daquele terreno baldio.
Monday, January 20, 2014
Monday, December 30, 2013
Friday, December 06, 2013
O azul de Belo Horizonte
O azul de Belo Horizonte, por exemplo. Que significação tem o azul da minha montanha? [...] Que transformações singulares ele traz para os habitantes da cidade? Que tonalidade de sentimento insinua nos espíritos? Que linguagem é o azul?
Paulo Mendes Campos
Sunday, November 24, 2013
Saturday, November 23, 2013
Thursday, November 14, 2013
Thursday, October 18, 2012
Friday, September 28, 2012
a cidade que se desfaz com o tempo
O Hotel Esplanada virou catacumba.
Enfim a Rua Direita!
A minha Rua Direita!
Que saudades tinha dela!
Ainda existe a Casa Kosmos, mas
Não tem impermeáveis em liquidação.
Trecho de "Passeio em São Paulo" - Manuel Bandeira
Enfim a Rua Direita!
A minha Rua Direita!
Que saudades tinha dela!
Ainda existe a Casa Kosmos, mas
Não tem impermeáveis em liquidação.
Trecho de "Passeio em São Paulo" - Manuel Bandeira
Monday, September 17, 2012
Friday, August 31, 2012
Friday, August 17, 2012
Thursday, August 09, 2012
série frases de boteco (1)
Frase ouvida num boteco da Azenha:
"Vê dois bifes de figado acebolado; muita pimenta!"
"Vê dois bifes de figado acebolado; muita pimenta!"
Monday, August 06, 2012
Wednesday, August 01, 2012
Monday, July 30, 2012
parente do edifício independência
Na Avenida Borges de Medeiros há um edifício que tem "um sentimento arquitetônico" - digamos assim - que se assemelha bastante ao Edifício Independência (personagem de outra postagem deste blog). Uma pena que Porto Alegre ainda não tenha aprendido a valorizar de verdade seu patrimônio urbano. Enquanto isso deixar de acontecer, estaremos sujeitos a todas as bestialidades mercadológicas de ocasião. Não é assim que se faz uma cidade, minha gente!
Sunday, July 22, 2012
onde a cidade pulsa
Não é no trânsito repleto de motoristas boçais, mas nos lugares menos expostos à curiosidade pré-fabricada. A cidade que se oferece ao primeiro olhar pode muitas vezes ser sem graça e hostil, além de oferecer um ar rarefeito sem vestígios de oxigenação.Não desanime. Caminhe, opte por linhas de ônibus que levem para lugares incertos, sente no banco de uma praça tranquila, converse com o homem da banca de revistas, contemple a copa de uma árvore habitada por passarinhos. A cidade dos bares da moda é pretensiosa e burra. Ali só há reprodução da pior caricatura urbana para exportação em cadernos de viagem e revistas de aviões. O bairro anunciado como nobre de uma cidade é igual em qualquer lugar: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Nessas regiões valorizadíssimas pelo mercado imobiliário, o olhar das pessoas tem o mesmo tom de esnobismo e exclusão. Rebanho metido a chique. Bastante ao contrário, a vida urbana ainda sopra nas frestas, becos, escadarias decadentes, bairros periféricos e casas antigas. O antigo guarda muito de novidade porque é mais profundo e longevo do que todas essas supostas modernidades que já nascem para serem mortas logo adiante. Está a milhas distante do requinte besta sem qualquer traço daquele glamour que pudesse encher os olhos de um espectador ingênuo mas ainda assim sensível. Não duvide: a vida é melhor onde pulsa sem freios. Por que então insiste em valer menos justamente onde flui com maior intensidade?
Tuesday, July 10, 2012
pra onde vão aqueles que correm?
Numa das avenidas mais movimentadas da cidade uma moradora de rua grita para cada transeunte acelerado: "Vai, vai, vai!"
Saturday, June 30, 2012
Banco de praça
Ao meio-dia, depois do almoço, gosto de me sentar em um banco de praça debaixo da árvore com um livro pra ler e o canto dos pássaros pra descansar.
Monday, June 25, 2012
Sunday, May 27, 2012
Wednesday, May 16, 2012
Thursday, May 10, 2012
Monday, May 07, 2012
Sunday, April 29, 2012
Saturday, April 21, 2012
Tuesday, April 17, 2012
loucas buzinas
Loucos na cidade. Que loucos? O homem que prega para ninguém na rua mais movimentada do Centro, a mulher que toma banho na praça com velhos panos e esponjas úmidas... Ali a vida grita, irrompe, se despe. O que choca é o silêncio apático que só as burras buzinas conseguem melhor expressar.
Thursday, March 15, 2012
Saturday, March 03, 2012
Tuesday, February 21, 2012
portas pro mundo
Porque também havia portas
que davam pra amplas paisagens.
Era por trás delas que eu avistava o mundo afora.
Sem nem saber o que me esperava.
que davam pra amplas paisagens.
Era por trás delas que eu avistava o mundo afora.
Sem nem saber o que me esperava.
Friday, February 17, 2012
ser na cidade
É caminhar
e mesmo estar parado.
Sonhei-me deitado
numa esquina
a olhar as nuvens
sobre todos e sobre mim.
Não havia subtextos:
eram só experimentos.
- Como explicar a vida?
.
e mesmo estar parado.
Sonhei-me deitado
numa esquina
a olhar as nuvens
sobre todos e sobre mim.
Não havia subtextos:
eram só experimentos.
- Como explicar a vida?
.
Wednesday, February 15, 2012
Friday, February 03, 2012
saudades da cidade
Gustavo perguntou se Florianópolis daria saudades em caso de mudança pra outro lugar. Eu respondi: com certeza!
Tuesday, January 31, 2012
pra que comparar?
Toda cidade tem uma tristeza só sua. Beleza própria. Sem comparações forçadas que não ajudem a entender o que pertence ao terreno do peculiar. Gosto justamente desse tipo de encontro. Sentir o que não posso em outro tempo e noutro lugar. Comparar, só já sabendo que é puro jogo.
Saturday, January 28, 2012
Saturday, January 14, 2012
Tuesday, January 10, 2012
Sunday, October 30, 2011
Maria Helena
Na época em que eu não queria ir de jeito nenhum pra aula. Passeávamos pelo Centro, Independência e a Praça Japão. Comia uma torrada enorme na lanchonete da Mesbla. E também percorríamos a Praia de Belas. A vida era muito melhor sem qualquer obrigação.
Saturday, October 29, 2011
paraíso urbano
Em cada esquina uma banca de revistas com pessoas ao redor lendo as manchetes do dia.
Em toda a rua e a qualquer momento, botequins cheios de gente cheia de vida.
Prédios, chafarizes e letreiros a sugerir que antes da nossa - e de tantas que adiante virão -, muitas outras gerações se alumbraram com aquela mesma geografia.
Thursday, October 27, 2011
Thursday, October 13, 2011
Santo Antônio ou Garibaldi?
No trajeto a pé, de volta para casa, do Ninho (onde estudava), na Alberto Bins, até a Independência (onde morava), subíamos algumas vezes a lomba da Garibaldi, noutras, a da Santo Antônio. Nunca perguntei pro meu pai o motivo da escolha. Suponho que não havia razão além daquela que a ocasião sugeria.
Wednesday, October 12, 2011
Alexandre
Até o final da década de 90, do terraço do teu edifício podíamos ver uma boa porção de Porto Alegre. Pelo menos, do Guaíba, às margens do Centro, até a Bela Vista. E como conversávamos!
Pergunta necessária: será que ainda conseguimos passar pela fresta daquela basculante?
Friday, October 07, 2011
Gustavo
Quantas caminhadas não fizemos pelas ruas da Independência e do Moinhos de Vento! Lembra das nossas conversas de despedida eternamente estendida na esquina da 24 de Outubro com a Dr. Vale? Nem preciso passar por lá pra me lembrar.
Saturday, September 24, 2011
lugares da ufsc
Tuesday, September 20, 2011
Friday, September 16, 2011
Friday, September 09, 2011
a parte pelo todo
O bairro Trindade é um mundo: o centro do meu e de vários mundos hoje contemporaneamente compartilhados.
Monday, August 29, 2011
músicas sobre caminhar
Em minha perspectiva, o pedestre é o mais importante. Caminhar é a atividade mais importante na cidade. Tanto pelo lado cultural como pela sustentabilidade.
Nova York tem muita sorte por lutar por ótimas ruas. Você conhece a música "Empire State of Mind", da Alicia Keys? É sobre caminhar em Nova York. Tem outra do Frank Sinatra. As ruas de Nova York são tão boas para andar que as pessoas escrevem músicas sobre isso.
Thursday, August 25, 2011
POEMA DO BECO
Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte?
- O que eu vejo é o beco.
Manuel Bandeira
- O que eu vejo é o beco.
Manuel Bandeira
Saturday, August 20, 2011
piquenique na praça surpreendente
Naquela tarde distante eis que encontrei uma moça fazendo piquenique numa praça vazia cujo acesso era uma escadaria estreita quase escondida no ponto cego da rua pacata. Conversamos vários assuntos por um bom tempo e decidimos sair pela cidade para comprarmos ela um bolo e eu uma latinha de cerveja. Depois do bonito trajeto, logo que saímos do mercado nos despedimos e ali fizemos a escolha de só nos encontrarmos novamente se fosse por puro e simples acaso.
Sunday, August 14, 2011
momentos possíveis
A cidade nos recebe, nos reflete e vibra junto conosco.
Mas ela também, muito bem, pode estar alheia.
Autônoma frente a nossos espasmos de expectativa e dor.
Mas ela também, muito bem, pode estar alheia.
Autônoma frente a nossos espasmos de expectativa e dor.
Friday, August 05, 2011
Thursday, August 04, 2011
Wednesday, July 27, 2011
Tuesday, July 26, 2011
Friday, July 22, 2011
Thursday, July 21, 2011
Saturday, July 16, 2011
Monday, July 11, 2011
Wednesday, July 06, 2011
sobre a ânsia de partir em face de tudo aquilo que permanece
As cidades se renovam, ora pois! Quanta gente diferente, de várias origens, que sempre circulou por Florianópolis. Às vezes uma geração se impacienta com o lugar onde vive. Mas o problema é mais dos hábitos e olhares de uma dada geração do que da própria cidade. A cidade é prismática e eterna.
Monday, July 04, 2011
Buenos Aires antiga (2)
Borges sempre gostou de passear pelas ruas de bairros como San Telmo ou Barracas, cujas construções dilapidadas, com sua alvenaria caindo aos pedaços, vestíbulos estreitos e pátios espanhóis preservavam algo do sabor que a cidade tinha nas primeiras décadas do século anterior.
Edwin Williamson. Borges - uma vida.
Sunday, July 03, 2011
Saturday, July 02, 2011
Buenos Aires antiga
Leonor Acevedo estava, de fato, aferrada ao passado. Entregava-se às reminiscências de sua infância, comunicando ao filho uma nostalgia por aquela antiga Buenos Aires que ela mal conhecera, uma Buenos Aires que era pouco mais do que uma grande aldeia antes de ser arruinada pelos novos-ricos que haviam tomado a república.
Edwin Williamson. Borges - uma vida.
Friday, July 01, 2011
Thursday, June 30, 2011
contra as generalizações cegas e levianas
Cada bairro ou comunidade são um universo. Por isso, muito cuidado ao desprezar uma realidade a respeito da qual pouco conhece. Melhor dizendo: saia do seu carro e vá viver!
Saturday, June 25, 2011
Thursday, June 16, 2011
os tempos da cidade
A cidade multitemporal é um consolo ao homem atormentado pela ditadura do tempo. Numa mesma rua casas, prédios e marcas de várias gerações. Pena da cidade que se unitemporaliza!
Tuesday, June 14, 2011
Sunday, June 12, 2011
Saturday, June 11, 2011
fora das jaulas
As pessoas que refletiram e agiram no mundo sempre estiveram - e estão - próximas da realidade que brota das coisas. Como um ser humano pode se manter lúcido e ativo, isto é, vivo, se ele não se encontra na rua, sob o manto das nuvens e do céu?
Thursday, June 09, 2011
Thursday, June 02, 2011
Trastevere
Sunday, May 29, 2011
a descoberta de um novo bairro
No ônibus quase vazio, eis que chegamos ao final da linha. Achei curioso quando o motorista nos recomendou:
- neste bairro, lembrem-se, não se usa nunca a palavra "cresceu".
As ruas, calçadas e construções pareciam uma mistura do IAPI com as imediações da Eudoro Berlink. Procurávamos um suposto restaurante novo que servia alguma gastronomia suficientemente estranha para nos parecer um convite. Pena que eu tenha me esquecido de que paladar se tratava...
Perto de uma pedreira tratada como praça, nós encontramos uma banca de revistas improvisada de bar. As duas mulheres que atendiam pareciam ser mãe e filha. Uma delas falava ao telefone sobre uma telentrega. A mais velha, depois que perguntamos sobre o restaurante, pegou o guia telefônico e nos sugeriu usar o orelhão defronte da barraca.
Ligamos para o número e constatamos que o lugar era um sonho. Agora, andar afora era a travessia.
Wednesday, May 25, 2011
caminho, logo...
Pra conhecer tem que caminhar. Alguém pode fazer de tudo e muito bem. Mas se não caminha falta o essencial.
Tuesday, May 24, 2011
pátio da escola
Quando criança, o sentimento do pátio era o mundo lá fora. E dentro também. Meu otimismo de então era que tudo se conectava.
Wednesday, May 18, 2011
Saturday, May 14, 2011
Friday, May 13, 2011
Tuesday, May 10, 2011
Saturday, May 07, 2011
Thursday, May 05, 2011
Thursday, April 28, 2011
terra de ninguém
Abaixo, trecho de uma postagem do blog de Luiz Carlos Merten, crítico de cinema do Estadão:
"Fui a Porto (Alegre), para o Cine Esquema Novo. Assisti a filmes, debates, conferi as transformações que descaracterizam cada vez mais a cidade em que nasci e me criei, e da qual imaginava que nunca ia sair. Ao contrário do Centro de São Paulo, que resiste bravamente, o de Porto parece terra de ninguém. No domingo, saí do hotel, não propriamente para dar uma volta, mas em busca de uma banca de jornais. Não havia nenhuma. Sabem o que é isso? Mas é possível que a Praça da Alfândega, que abriga a Feira do Livro e está cercada para reforma, ressurja como atração e dê uma ‘levantada’ naquela área. Tomara!"
Tomara!
Tomara!
Tuesday, April 26, 2011
pobre campus, triste notícia
Hoje vi um vendedor de livros usados apanhar dos seguranças do campus da UFSC porque não tinha a tal da licença para estar ali. Vender livro não pode, mas colocar os alto-falantes em volumes insuportáveis para anunciar festas de valor cultural no mínimo duvidoso é cada vez mais comum. Cadê a lógica e o bom senso, Magnífico Reitor?
Friday, April 22, 2011
Monday, April 18, 2011
Sunday, April 10, 2011
Saturday, April 09, 2011
Thursday, April 07, 2011
Tuesday, April 05, 2011
estrelas na cidade
E não é que até os meus 13, 15 anos, ainda conseguia enxergar as estrelas em plena cidade? Aonde será que elas foram parar?
Sunday, April 03, 2011
Thursday, March 31, 2011
Saturday, March 26, 2011
cidade que exclui
Largas avenidas dos carros em alta velocidade sob a chuva. Nem sinal de gente na calçada.
Saturday, March 19, 2011
rua e seus significados menos estritos
Era pra rua que eu queria ir. Não importava se a rua fosse dentro de casa ou lá fora no mato. Pois a ideia do urbano pode se tornar ainda mais interessante quando se abstrai da necessidade de um entorno físico fixo e predeterminado.
Tuesday, March 15, 2011
Saturday, March 12, 2011
sala de estar sobre rodas
Estar bem acompanhado, indo para algum lugar, de pé, no ônibus, é um belo convite para uma boa conversa rodeada pela paisagem em movimento.
Tuesday, March 08, 2011
Sunday, February 27, 2011
T9 e outros ônibus
Antônio Augusto (interior do T9 à noite) |
Ônibus é coisa que ocupa parte deveras importante em minha vida, além de determinar o modo como eu experimento uma cidade. Em primeiro lugar vejo-me como pedestre. Logo em seguida, quase empatado, sou passageiro de ônibus.
Desde criança, pegávamos o Auxiliadora ou o IPA, na frente da OSPA, para irmos ao Colégio Uruguai, do outro lado do Parcão. O engraçado é que poderíamos fazer o trajeto a pé, pois da nossa casa ao colégio, não havia mais do que oito quadras separando. O problema é que sempre me acordava em cima da hora. Tomava um copo cheio de Nescau e saía correndo para pegar o ônibus. Mais de uma vez tinha que dar um pique pra não deixar o ônibus escapar. Ainda lembro da sensação de tontura e enjôo dentro do ônibus enquanto tirava a carteira do bolso para dar a passagem de estudante para o cobrador. Naquela época cheguei a fazer amizade com dois motoristas que me deixavam entrar na frente para eu não precisar pagar a passagem. Outros tempos... Passava o trajeto inteiro falando de futebol com eles. Tinha eu entre oito e doze anos.
Também pegávamos outros ônibus para desbravar Porto Alegre em suas menos habituais direções. Havia as linhas de ônibus que nos transportavam para a Azenha, onde íamos visitar minha madrinha, na Marcílio Dias. Antes de sairmos de casa eu ligava para ela me lembrar o nome dos ônibus que passavam pela João Pessoa, debaixo do viaduto da Duque de Caxias, e nos levavam até a parada defronte ao Colégio Júlio de Castilhos, no lado oposto da avenida, em que descíamos.
Mais tarde, ao longo dos anos, foram outros tantos ônibus que peguei mais ou menos cotidianamente em função de amigos, estudo, estágios, passeios e demais compromissos. T5, T7, Petrópolis, IAPI, Volta do Guerino, Juca Batista e várias outras linhas com seus respectivos itinerários. De qualquer modo, é claro que prefiro fazer as minhas viagens quando tenho mais tempo pra apreciar a vista do lado de fora da janela...
Florianópolis, por sua vez, também me oferece diversos passeios diários por vários dos seus cantos ilhéus e continentais. Mais nomes, empresas e caminhos... Paisagens completamente diferentes. No início me sentia tonto e achava os motoristas daqui menos cuidadosos do que se deveria exigir. Já faz um tempo, porém, que me adaptei ao jeito local de se andar de ônibus.
Para mim, andar de ônibus é fundamental de tal forma que me sinto triste quando conheço uma cidade sem ter tido a oportunidade de passar minha cintura pela roleta depois de ter perguntado ao motorista ou cobrador se aquele ônibus vai me levar até o destino desejado.
Saturday, February 19, 2011
Tuesday, February 15, 2011
Thursday, February 10, 2011
lugares, estranhos e quietos
http://www.masp.art.br/masp2010/exposicoes_integra.php?id=76&periodo_menu=cartaz
Tuesday, February 08, 2011
(i)mobilidade urbana 2
Genaro Joner |
2,45 já era... A passagem de ônibus em Porto Alegre vai para 2,70. E os micro-ônibus (lotações) passarão a cobrar 4,00 pela viagem. A aprovação do aumento é do Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu), precisando apenas da sanção do prefeito José Fortunati.
A foto acima é de dois rapazes que decidiram percorrer o Arroio Dilúvio em um bote para fazer ato público de indignação. Com certeza haverá mais protestos e repressão policial em Florianópolis quando os aumentos forem aprovados por estas bandas ...
Sunday, February 06, 2011
(i)mobilidade urbana
Monday, January 31, 2011
Sunday, January 23, 2011
Friday, January 21, 2011
nuvens atrás do morro
Olho pro morro do meu bairro, mas as nuvens atrás anunciam-no como mero cenário.
Tuesday, January 18, 2011
Friday, January 14, 2011
Wednesday, January 12, 2011
momento
Sentamos, fumamos e permanecemos quietos no lugar contemplando a lua crescente que fazia sombra sobre o banco da praça.
Tuesday, January 11, 2011
Friday, January 07, 2011
mais uma última sessão de cinema
Foto de Rodrigo Capote |
Sobre o assunto e seus significados preocupantes, a coluna de Ruy Castro na Folha de São Paulo deste 7 de janeiro de 2011:
Cidades hostis
Uma loja de discos que fecha suas portas no Rio, um cinema que faz o mesmo em São Paulo e sabe-se lá quantas livrarias brasileiras, principalmente as de pequeno porte, não estão correndo igual risco neste momento. Os espaços de convivência adulta e civilizada diminuem. Se podemos "baixar" discos, ver filmes no vídeo ou comprar livros pela internet, para que sair de casa, enfrentar o trânsito, lutar pelo estacionamento e roçar cotovelos com outros, ora veja, seres humanos?
O avanço da tecnologia parece nos conduzir à independência, à liberdade e à autossuficiência. Dito assim é bonito. Já não o será tanto se convertermos a frase à sua verdadeira essência -a de que tal avanço está nos condenando ao individualismo, ao egoísmo e à solidão. E não sei também se esse comodismo não denotará uma certa dose de covardia em relação à vida.
Você dirá que as cidades ficaram hostis, inseguras, impróprias para uso humano, e que bom que a tecnologia nos permite certos confortos. Eu diria que exatamente por isto deveríamos lutar pelas cidades -por cada cidadela de delicadeza que elas ainda comportem.
Um cinema que fecha é uma calçada, um pipoqueiro e uma fila a menos numa cidade. É mais um quarteirão sem luzes, sem movimento noturno e sem possibilidade de encontros, amigáveis ou amorosos. É um lugar a menos para flanar, para fazer hora, até para paquerar. E é também um cenário a menos para que os jovens descubram e troquem ideias sobre cultura, história, comportamento.
Não acho que os cinemas devam continuar abertos mesmo que às moscas. O que lamento é a perda dos ditos espaços de convivência nas cidades. Para cada cinema, loja de discos ou pequena livraria que sai de cena, um supermercado, banco ou farmácia toma o seu lugar, ocupa-o agressivamente e nos embrutece um pouco mais.
Monday, January 03, 2011
Sunday, December 26, 2010
Friday, December 24, 2010
caricaturas de cidades
Porto Alegre é o encontro contraditório dos olhares voltados pra dentro;
Florianópolis é a soma ainda precária dos olhares que veem de fora.
Thursday, December 23, 2010
nas margens
Porto Alegre ou qualquer cidade,
cidade da sua escolha e suas margens,
seus habitantes nunca vistos ou pensados -
riquezas de gente por todos os lados.
Bares despojados, galerias populares e comércios ultrapromocionais
em tempos de natal.
Voltas na quadra das ruas movimentadíssimas:
contornar o quarteirão como quem dá a volta ao mundo em quinze minutos
de surpreendentes novidades.
Cervejas pra se beber ao sol do dezembro com o adjetivo aberto pra sempre.
cidade da sua escolha e suas margens,
seus habitantes nunca vistos ou pensados -
riquezas de gente por todos os lados.
Bares despojados, galerias populares e comércios ultrapromocionais
em tempos de natal.
Voltas na quadra das ruas movimentadíssimas:
contornar o quarteirão como quem dá a volta ao mundo em quinze minutos
de surpreendentes novidades.
Cervejas pra se beber ao sol do dezembro com o adjetivo aberto pra sempre.
Thursday, December 16, 2010
Baronda (1968-2010)
autor desconhecido |
Símbolo de uma outra Capão da Canoa; de outras formas de vivenciar aquelas praias tão discretas e desgraciosas sob o ponto de vista da natureza, mas que, de resto, foram as nossas portas de entrada para esta força tão gigantesca que é o mar.
Recordo as nossas caminhadas pela praia desde a plataforma de Atlântida até os arredores do Baronda, já em pleno centro de Capão da Canoa.
Assim como as marcas inúmeras de nossos passos naquelas areias, agora o Baronda também virou pura lembrança.
Assim como as marcas inúmeras de nossos passos naquelas areias, agora o Baronda também virou pura lembrança.