Monday, August 30, 2010
Saturday, August 28, 2010
de fora pra dentro
Hoje à noite, 28 de agosto, abre a exposição de fora pra dentro, de Kelly Wendt, no Jabutipê (http://www.jabutipe.com.br/), em Porto Alegre.
Esta sequência de casas com suas janelas e portas cerradas a partir de tijolos ou tapumes, foi fotografada às margens do canal São Gonçalo, na região do porto de Pelotas. Aqui, como o próprio título da exibição nos convida a imaginar, não é tanto a melancolia que paira sobre os espaços urbanos abandonados, mas as possibilidades sempre disponíveis à espera de nossos olhares e (con)vivências, o motivo afetivo e estético da mostra de vídeo e fotografias.
Verei de perto, com toda certeza. Tanto o tema da exposição, quanto a cidade que aparece como o cenário de suas perspectivas, me são muito caros.
Para mais imagens e informações a respeito do trabalho da Kelly Wendt, confira o seu muito interessante blog: http://www.deolhoscerrados.blogspot.com/
Sunday, August 22, 2010
Friday, August 20, 2010
os anos 90, o preço e a (falta de) qualidade da cerveja nacional
Foto de Antônio Augusto
Avenida Independência, quase na esquina com a Barros Cassal, lá por 1995 ou 96... Na época em que o Farol e o Líder, este último na calçada do outro lado da rua, ainda existiam. A propósito, será que custava R$ 1,50 a garrafa de cerveja de 600 ml? Pode ser, pois em 2005 ainda se pagava R$ 2,00 pela Brahma no Grandes Bar da Lima e Silva. Agora quem pagar até R$ 3,50 por uma 600 ml, acaba saindo no lucro, pois o preço abusivo do mercado determina a média dos 4 reais e cinquenta centavos... O que não quer dizer que não haja muito boteco metido à besta cobrando R$ 6,00 por aí... E enquanto isso, a nossa cerveja nacional apenas ficou mais aguada, sem gosto e muito - mas muito mesmo - mais cara.
Saturday, August 14, 2010
Thursday, August 12, 2010
Wednesday, August 11, 2010
Monday, August 09, 2010
Montes Claros (1)
Montes Claros me fez ter saudades do frio e da mudança das estações. Saudades do limo também. Mas antes disso me abriu o leque da brasilidade intensa e variada. Mestiçagem irrecusável de seus habitantes quase sempre sorridentes e simpáticos. Tão amáveis que hoje não consigo deixar de nos ver - sulistas - como cidadãos brasileiros tristemente sisudos e desconfiados.
Montes Claros estava lá em coordenadas recônditas e distantes, paralelos possíveis de uma mapa-múndi a ser por mim descoberto. Mundo brasileiro, terra de Darcy Ribeiro e geografia de Guimarães Rosa que Tom Jobim gostava de mencionar.
Suas ruas, bares e praças. Seus pontos de ônibus e calçadas... A alegre e calorosa recepção de pessoas que eu conhecera há tão pouco!
Do quintal aos fundos da pensão onde eu morava, dispunha meu olhar para além dos gatos que se equilibravam sobre os telhados e muros. A espera da chuva era um acontecimento mítico carregado (ao menos para mim) de leituras religiosas. Mas, ao mesmo tempo, a fala dos monte-clarenses deixava revelar um tom de tranquilidade - apenas na aparência - conformada diante do pior sempre à espreita. E se não chovesse? A vida, ainda assim, sempre teria que seguir adiante.
E a vida, durante o tempo em que eu estive lá, sempre prosseguiu farta e animada. Falas que se sobrepõem na minha falha memória. Montes Claros tórrida e acolhedora. Norte mineiro quase baiano onde fui parar há cinco anos. E de onde, quando parti, mais do que deixar coisas de mim pra trás, trouxe muito do que hoje me constitui.
Suas ruas, bares e praças. Seus pontos de ônibus e calçadas... A alegre e calorosa recepção de pessoas que eu conhecera há tão pouco!
Do quintal aos fundos da pensão onde eu morava, dispunha meu olhar para além dos gatos que se equilibravam sobre os telhados e muros. A espera da chuva era um acontecimento mítico carregado (ao menos para mim) de leituras religiosas. Mas, ao mesmo tempo, a fala dos monte-clarenses deixava revelar um tom de tranquilidade - apenas na aparência - conformada diante do pior sempre à espreita. E se não chovesse? A vida, ainda assim, sempre teria que seguir adiante.
E a vida, durante o tempo em que eu estive lá, sempre prosseguiu farta e animada. Falas que se sobrepõem na minha falha memória. Montes Claros tórrida e acolhedora. Norte mineiro quase baiano onde fui parar há cinco anos. E de onde, quando parti, mais do que deixar coisas de mim pra trás, trouxe muito do que hoje me constitui.
Thursday, August 05, 2010
Tuesday, August 03, 2010
Ipês
Minha prima, Cláudia Trois, me mandou esta foto dos ipês-roxos que o seu pai plantou em São Borja. Pra mim, conversar sobre árvores abre caminhos e levezas. Quero ver, agora, os outros ipês e árvores da região. Além disso, pretendo aprender com eles tudo o que puderem me ensinar sobre o assunto sem que eu pareça abusado. A vida transcorre assim mesmo: embora eu já tenha estado lá algumas vezes ao longo da minha história, só hoje estou com os olhos bem abertos pra discernir na paisagem esses belos indívíduos vegetais. Então, que seja assim até o meu fim...