voltar à cidade
Toda volta minha a Porto Alegre é envolta por esses possíveis sentimentos nostálgicos e de alheamento no tempo e no espaço. A cidade persiste e eu também. Mas cada encontro palpita algo que me escapa.
A propósito desta impressão, folheando um livro de Robert Louis Stevenson, O morgado de Ballantrae, me deparei com as seguintes palavras introdutórias:
"Embora seja um exilado, antigo e por convicção, o autor das páginas que seguem torna, vez por outra, a visitar a cidade de que se rejubila ser nativo. Há poucas coisas mais estranhas, mais dolorosas ou mais salutares que tais visitas. No exterior, em lugares estrangeiros, ele chega de surpresa e desperta mais atenção do que esperava. Em sua própria cidade, percorre as longas ruas com uma dor no coração por causa dos amigos que não vivem mais. No estrangeiro, delicia-o a presença do que é novo. Em sua cidade, atormenta-o a ausência do que é velho. Fora do país, se contenta em ser aquilo que a vida o tornou. Em sua cidade, abate-o a lembrança do que foi e do que esperou ser".
1 Comments:
bonito! concordo com o bonito!
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