Sunday, August 03, 2008

Pasárgada urgentemente

Caminhar pra espantar os demônios e conclamar os anjos;
Andar acompanhado pela conversa agradável e estimulante do amigo;
Sair sozinho pela alameda insólita e arborizada;
Descobrir no meio do caminho aquela casa em ruínas com o jardim abandonado repleto de histórias e de pessoas pra sempre misteriosas e desconhecidas;
Despertar a curiosidade diante de certa escadaria quase escondida no ponto de fuga da paisagem urbana; e, subindo seus degraus vários, avistar uma pequena praça habitada pelo canto dos pássaros e das crianças.

As passagens-ruas de tempos já distantes e simultâneas multidões convidam à memória do homem atordoado e triste pela própria vida que lhe soa alheia.
Ele, entretanto, prossegue e caminha em busca de uma cidade onde os labirintos viários levem a novos sentidos, totalmente outras direções - embarca embora, a cada dia então, para afugentar o diabo em Pasárgada.

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